Desenvolvedora:
Konami
Número
de Jogadores: 2
Plataformas:
Arcade, NES, Wii Virtual Console
Gênero:
Scrolling Shooter
Life
Force, um dos incontáveis shooters
lançados na era dos consoles 8-bits e, sem dúvida, um dos jogos
mais memoráveis já produzidos para o NES. Assim como outros títulos
da época, foi lançado primeiro no fliperama e depois, devido ao
estrondoso sucesso, adaptado para outros sistemas, entre eles o
Nintendo 8-bits.
Segundo
a história do jogo, a grande serpente espacial Zelos está devorando
o universo. Em seu caminho, a criatura acabou devorando os planetas
Gradius e Lapis que, em resposta, enviaram as naves Vic Viper e Lord
British para localizar e destruir o coração do monstro. Tarefa nada
fácil, considerando que o bicho é grande o bastante para devorar um
sol inteiro, sem brincadeira. São seis fases que alternam entre a já
tradicional vista lateral e vista aérea. Os ambientes no interior de
Zelos variam de áreas claramente orgânicas até regiões puramente
tecnológicas, passando por cavernas, por um templo egípcio, e até
por um Sol (ou quem sabe o pior caso de queimação estomacal da
história).
Os
inimigos e obstáculos encontrados dentro de Zelos são igualmente
variados: naves espaciais, o sistema imunológico do monstro,
hemácias, meteoritos, bolas de fogo, pássaros de fogo, torres de
artilharia e por aí vai. Os chefes de fase são bastante inusitados,
para dizer o mínimo, já que incluem um cérebro, um crânio e uma
máscara mortuária egípcia.
Vamos
aos Gráficos: Os cenários de life
force
e os sprites
do jogo são muito bem trabalhados e detalhados, além de as
animações serem muito bem feitas, conferindo ao jogo um grau de
realismo muito bom para os padrões do NES. As naves, ao se deslocar
para cima ou para baixo (ou para os lados nos cenários com vista
aérea) se inclinam levemente para a direção desejada. O mesmo
cuidado é encontrado nas animações dos elementos dos cenários.
Suponho
que a esta altura seja desnecessário mencionar que, como a imensa
maioria dos jogos da época, Life
Force
é insanamente difícil e desafiador ao extremo. Mesmo com todos os
power-ups
à disposição, chegar ao fim de uma fase, sem perder vidas, é uma
tarefa ingrata, já que o mínimo contato com o que quer que não
seja uma cápsula contendo um power-up
destrói a nave instantaneamente, e alguns níveis são
particularmente infames nesse sentido, como a fase 3 e suas malditas
coroas solares, fazendo com que terminar o jogo sem usar continues
seja uma tarefa quase impossível, e chegar ao final sem morrer nem
uma vez, uma missão digna de Ethan Hunt.
Ainda
assim, o grau de desafio apenas estimula o jogador a seguir em frente
e tentar vencer a máquina para chegar ao fim do jogo.
Life
Force
tem tudo: ótimos gráficos, uma história interessante, uma ótima
trilha sonora e, é claro, um nível insano de dificuldade. Um
clássico instantâneo do NES.